Vejo você rumar à vitória e o ódio me consome, vivo tristes pesadelos com teu triunfo. Maldita seja! Usurpadora, diabólico ser mascarado, logo sua máscara cairá e suas lágrimas de tristeza e derrota são o mel de minha alegria, o vinho de minha vitória. Teu doce desespero é o sangue quente de minhas veias. Tenho um prazer orgástico quando rasteja pelas estrada, assim, escancaro meu ódio a ti e espero que sofra mais. Quero que cada um de seus erros sejam um fel em sua língua e que teu sangue sujo derrame, mas não a deixe morrer.
Caminhe por espinhos e rasgue sua carne, continue viva, desejo o néctar mais puro de seu sangue ao chão. Desejo-te a imortalidade para arrepender-se e quando arrependida ainda sofra um pouco, alimente minha libido exótica com sua tragédia. Seu doce desespero será consumido bem lentamente, quando a sentença existencial se mostrar como o sofrimento puro e vagaroso.
O sadismo é minha refeição mais elaborada e saborosa. Iguaria que comerei devagar para que seja durável, especiaria minha que me enjoarei e darei ao descanso mortuário. Seu sofrimento será a pintura que emoldurarei em minha melhor parede, eis o teu doce desespero.
- Mensageiro Obscuro.
2004.
Foto: Imagem de fonte desconhecida encontrada no Google Imagens.