Quando nada mais faz sentido o fim parece ser covardia e egoísmo, mas é apenas libertação da rotina de acordar e mover. Viver tornou-se algo insípido nesse mundo acinzentado, meu corpo dói sem causa aparente. Faço minhas últimas ações, desistindo do pensamento torpe de registrar uma carta de despedida, então vou para o quarto no qual tudo está preparado.
A vida e a morte brincam numa gangorra como duas crianças agitadas enquanto o tambor do revólver é preenchido com apenas uma munição. Minhas dores são emaranhadas da azia de existir e pela fome doentia de apagar-me de vez. Um disparo de metal contra o céu da boca jorra rubro encharcando paredes após o estampido que findou uma existência obsoleta.
- Mensageiro Obscuro.
Agosto/2011.
Foto: Revólver invertido encontrado no Google Imagens sem referências disponíveis.
"Ninguém tem o direito de tirar o direito de morte do suicida" Nietzsche
ResponderExcluir"Minha respiração parando aos poucos,
ResponderExcluirAs ultimas palavra são para você;
Tudo que eu quis eu consegui sem suar,
Meu ultimo pedido fiz: quero morrer."
Adorei seu texto amigo, Vou voltar a passear por aqui e ler o que deixei de ler esses dias que fiquei meio ausente.
Forte abraço
Otávio
http://otaviomsilva.blogspot.com/
O suicídio é o maior atestado de incapacidade que o indivíduo pode declarar sobre a sua própria vida. A vida em si, é o mais precioso dos desafios. Você não precisa se tornar um milionário, estampar a revista Forbes ou ganhar um prêmio Nobel para mostrar que venceu. Basta você aprender a ser suficientemente feliz com exatamente o que tem. Os grandes vencedores aprenderam a sobreviver em sua própria escassez de recursos. Podemos ser livres com pouco, porém se você precisa de status e bens para sobreviver no ego, então demonstra ser mais fraco do que imagina ser.
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