
resta a saudade, frio, dor e vergonha.
não mais creio em meus sentimentos,
a intensidade cessou, veio o vazio.
Memórias, lamúrio de uma alma cansada,
a realidade construiu um destruído,
os ossos ainda seguram a carne surrada,
pensamentos e emoções, nada com sentido.
Morbidez, triste fim, depressiva essência,
o cansaço. Oh! cansaço que me consome!
Fantasmas mesclam-se à minha essência,
bebo sem sede, mordo algo sem fome.
Desilusões são minhas maiores convicções,
não tenho esperanças nem mesmo sorte.
a miséria morde-me sorrateira e furtiva,
nada mais quero, basta-me o gelar da morte.
- Mensageiro Obscuro.
Junho/2007.
Foto: "Hamlet and Horace au cimetière" por Eugène Delacroix, 1839.
Excelente! Quem nunca enfrentou um momento como o aqui descrito? Mas expressá-lo de forma tão sublime em palavras, de forma que o leitor seja inundado por suas memórias, eis um grande ato.
ResponderExcluirTambém estava assim, Senhor.
ResponderExcluirTodavia, quando tudo pareceu perdido, restou-me a submissão, o desejo da entrega absoluta ao meu DONO que sempre me alimenta e que me fez sentir de novo viva.
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