Faminto em profunda decadência
e miséria rasteja o trôpego,
em sua desgraçada vida
o indigente apenas existe.
Farejava dor e putrefação,
ao mastigar restos e carniça
nomeado mordazmente:
Rastejante Maldito.
Rejeitado com chorume nas veias
sua carne repuxada sustentava
uma pele cadavérica
que sorria doentemente.
Distante de nossos sentidos
a fantasmagórica criatura
desejava uma vida verdadeira
mas só levou migalhas e surras.
Morreu! Um sem-número de cabeças
observaram seus restos mortais
negando que sua origem
é o mesmo ventre nos pariu.
- Mensageiro Obscuro.
Março/2010.
Foto: "Escolhas" por William A. R. Ferreira.
Portal do artista: Will Artes
"Sou um aventureiro que busca saberes e prazeres sem grilhões e raízes." - Mensageiro Obscuro.
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Mensageiro Obscuro é um escritor performático que possui um espetáculo solo no qual recita textos utilizando vestuários exóticos, maquiagens e outros recursos criados por ele. Escreve prosas poéticas, poesias, contos, crônicas, pensamentos, frases e experimenta outras formas de escrita.
Seus principais estilos e temas em suas obras são: aventura fantástica, realismo fantástico, autobiografia, onirismo, ultra-romantismo, simbolismo, drama, horror e suspense, ocultismo e misticismo, mitologias, filosofias, surrealismo, belicismo, natureza, comportamento, erotismo e humor.
Seus principais estilos e temas em suas obras são: aventura fantástica, realismo fantástico, autobiografia, onirismo, ultra-romantismo, simbolismo, drama, horror e suspense, ocultismo e misticismo, mitologias, filosofias, surrealismo, belicismo, natureza, comportamento, erotismo e humor.
domingo, 20 de junho de 2010
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Tétrico. Mas anda pelas ruas cotidanas.
ResponderExcluirGostado, sabe? Só um reparo: "... É o mesmo ventre nos pariu." É assim mesmo ou falta o "que"? Ou seria "E" e não "É"?
ResponderExcluirDe resto, apesar do tom, do estilo identificado, está muito bem feito e bonito. Bom de se ler.
Olá!
ResponderExcluirParabéns pelos textos! O blog é muito bom.
bjo
Adoro!
ResponderExcluiradoro essas poesias que chacoalham a gente!
bjks
Quel
Gostei da intensidade dos versos. Abraços!
ResponderExcluirMuito boa a força de seu poema; e a imagem com as máscaras, elas significam muito para mim.
ResponderExcluirGostei.
Abraço.
Espantoso! Augusto dos Anjos puro! E com um tom de crítica social muito pungente. Parabéns.
ResponderExcluirBeijos.
Rita.
É, tem razão, Rita... Quando leio esse tipo de poesia, penso que alguém está interpretando o texto para mim. Incorporando algum personagem de filme, conforme o texto descrito.
ResponderExcluirConcordo inteiramente com a Rita, é uma dose intensa de Augusto dos Anjos.
Bem impactante esse final... gostei.
Até mais.